COMO
NASCE A CIDADE DE DOURADOS
Carlos Magno
Mieres Amarilha*
Tudo indica que foi no final do século
XIX e início do século XX que começam os contornos do pequeno povoado que daria
origem à cidade de Dourados.
Era uma faixa
de campo, entre mata, pasto e água abundante, nesta paragem, hoje centro da
cidade de Dourados, concentrava os “viandantes”, conhecidos como carreteiros,
tropeiros, boiadeiros, mascates, fazendeiros, trabalhadores dos ervais e de
fazendas que paravam de tempo em tempo para descansar ou pousar, pois as
viagens eram divididas em jornadas, com os pontos certos de paradas em lugares seguros[1] para as “paragens”. O centro da cidade de Dourados era um
desses lugares onde paravam os viandantes que vinham de vários pontos da região
com destino para Ponta Porã, Bela Vista, Porto Murtinho, Concepción,
Aquidauana, Nioaque, Entre Rios, Caarapó, Juti, entre outros.
Nesse
ponto de viandantes ou nesta paragem, vai se estabelecendo um
local de descanso, de pouso, de
encontro e também o de ficar para uns e assim vai constituindo a
paragem um lugar definitivo
para alguns, aqueles que fixam suas
residências nesse lugar.
Os
moradores que se estabelecem nesse ponto de encontro, acaba formando um
aglomerado de residências próximas, que logo depois se transforma em um povoado,
com farmácia, bolicho, pensão, padaria, capela, salão de baile, onde acham os
onceiros[2], os
peões, para uma empreitada nos ervais ou nas fazendas.
No final do
século XIX e inicio do século XX a região onde se localiza a cidade de Dourados
pertencia ao município de Nioaque e por ser muito extenso em termos de
território, o município possuía distritos policiais distribuídos em sua jurisdição,
sobretudo em áreas com significativa concentração de indivíduos.
Desde o final do século XIX, este território era
considerado como terras devolutas e praticamente todo o sul era cedido para a
Companhia Mate Laranjeira extrair a Erva Mate para levar até Buenos Aires,
capital da Argentina.
Terras há muito ocupadas pelos índios Guarani que viviam espalhados pela
região e também utilizavam este território do sul de MT como rota de passagem,
principalmente as margens do Rio dos Dourados.
Como já
existiam muitas fazendas em áreas de atuação e controle da Empresa Mate Laranjeira,
houve a necessidade de criar um Distrito Policial que representasse nesta
região o município de Nioaque.
Uma dessas
áreas, localizada nas proximidades do Rio dos Dourados, cerca de treze
quilômetros, recebeu o mesmo nome do Rio originando assim, o Distrito Policial
de Dourados.
A data da
criação do Distrito Policial de Dourados ainda é um mistério e uma incógnita
para os historiadores.[3]
Em publicação
por meio da Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, do Instituto Brasileiro de Geográfia e Estastística (IBGE) do ano de 1958, na
página 94 registra a formação da cidade de Dourados, assim:
O
povoado, que então se formava, recebeu a denominação de São João Batista de Dourados, topônimo esse consequente de sua proximidade
com o rio Dourados. Tão franco foi o seu progresso e tão promissoras as suas possibilidades que, já em
1900, a Resolução estadual n.° 255, de 10 de abril, criava no Município
de Ponta Porã a paróquia de Dourados,
ex-povoação de São João Batista de Dourados. (IBGE, 1958, p. 94, grifos
meus).
Por muito
tempo foi divulgado por meio desta fonte que Dourados foi uma Paróquia de Ponta
Porã, o que não uma é realidade, Ponta Porã só se torna município em 1912. O que
temos em termos de documento oficial é a
resolução n.º 255 de 10 de abril de 1900, assinado pelo governador João
Paes de Barros, assim publicado,
“Art. 2°- Ficam igualmente creadas as paróchias de Ponta Porã e Bella Vista, desannexadas da de Nioac,
comprehendendo a primeira os limites dos distritos policiaes de Dourados e
Ponta Porã, e a segunda, os do distrito policial do mesmo
nome”. (Decreto n.° 255, 10/04/1900).
Importante ressaltar que
a Resolução n.º 255, cria duas paróquias (Ponta Porã
e Bela Vista) e utiliza o Distrito Policial de Dourados para delimitar a de
Ponta Porã. Ou seja, não cria Paróquia em Dourados, mesmo que o documento não
cria nada em Dourados, mas continua sendo muito importante, porque cita o
Distrito Policial de Dourados e até o tempo presente, continua sendo o
documento mais antigo em que faz uma referência oficial sobre a cidade de
Dourados.
Existem
algumas controvérsias sobre o nome atribuído ao lugar em que se forma o povoado.
Ercília de Oliveira Pompeu (1965), afirma em sua monografia que o primeiro nome
da cidade foi “Patrimônio das Três Padroeiras”, em homenagem a Imaculada
Conceição, Santa Rita e Santa Catarina.
Segundo Capilé
e outros, o primeiro nome foi São João Batista de
Dourados.
Todos foram grandes
colaboradores da instalação do povoado, que recebeu de início, o nome de São João Batista de Dourados, topônimo,
pela sua aproximação, do rio de igual nome. Mais tarde, por força da designação
popular, passou a chamar-se Patrimônio de Dourados. (Capilé
e outros, p. 12,
grifos meus).
Para Souza o nome da
cidade sempre foi Dourados:
Alguns pioneiros e
historiadores afirmam que o primeiro nome desta região foi São João Batista de Dourados, e
posteriormente, Vila das Três Padroeiras. Mas este não é nosso ponto de vista,
acreditamos sim, que na medida em que o povoado ia sedimentando-se, informalmente os moradores "batizavam-no" de forma não
oficial, até porque o aviso da
publicação de Resoluções e Decretos demorava anos para chegar ao conhecimento da população. A
Resolução Estadual ns.
255, de 10 de Abril de 1900, criou a Paróquia de Ponta Porã, abrangendo os Distritos Policiais de Ponta Porã
e de Dourados. Nesta
Resolução não se faz nenhuma menção a São João Batista de Dourados, e também na Resolução que
criou o Distrito Policial de Dourados não consta Povoação de São João Batista de Dourados. A verdade é que,
legalmente, o povoado nasceu com o nome de Dourados e não teve outra denominação. (Souza, 2003, p.
9).
Conforme analisa Souza, em
documentos oficiais (resoluções, leis, atas, decretos), não há “provas” que
comprove até o tempo presente ou fontes de que Dourados foi Paróquia de Ponta
Porã e que o seu primeiro nome seja São João Batista de Dourados.
Também nenhum documento
oficial que comprove que Dourados já se chamou Três Padroeiras.
Tudo indica que
o lugar escolhido para a efetivação do Distrito
Policial de Dourados, no final do século XIX, é porque já havia uma
aglomeração de pessoas e um lugar de encontro dos fazendeiros e dos agregados
da região. E que o nome denominado e escolhido foi o mesmo nome do Rio dos
Dourados. Patrimônio de Dourados e permaneceu com este nome de Dourados, como
1.° e 2.º distritos policiais de Dourados, em 1914, era Distrito de Dourados,
pertencente ao município de Ponta Porã e em 20 de dezembro de 1935, com a
criação do município ficou o seu nome definido como sendo Dourados.
UMA REGIÃO
DE FAZENDEIROS CRIADORES DE GADO
Após a Guerra do Paraguai o
governo imperial estimulou a ocupação por fazendeiros das terras conquistadas e
das demais terras nas faixas de fronteiras, essas terras eram conhecidas de
Terras Devolutas[4].
O procedimento básico para requerer a terra era simples, bastava o posseiro
marcar uma área em um lugar das Terras Devolutas, erguerem nela uma casa para
morar, cercar com arame farpado e depois era só requerer a posse definitiva nos
órgãos representativos governamentais.
Para os fazendeiros
legalizarem suas terras era necessário fazer um requerimento das terras
marcadas. Esse requerimento se fazia no tabelionato do município de Nioaque.
Nas
proximidades da sede do Distrito Policial de Dourados as terras devolutas vão
sendo ocupadas por fazendeiros oriundos de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio
Grande do Sul e de outros municípios do antigo Estado de Mato Grosso.
A concentração de pessoas nesta paragem, com o tempo
vai recebendo moradores fixos em seus arredores, que vão construindo suas moradias
e recebendo os viandantes cada vez em números maiores e começam a ser também
ponto de encontro dos moradores da redondeza, no inicio do século vinte já se
acha farmácia, escola, casas comerciais, de vez e outra, os famosos bailes, da
comida boa das pensões, desta maneira, esse aglomerado de pessoas vão se
reunindo neste ponto de encontro e vão assim construindo a vila que depois se
transforma em cidade.
Os fazendeiros
que aqui vieram e conseguiram suas terras se fixaram nesta região, construíram
suas residências e constituíram famílias. Muitos labutaram para que Dourados
fosse uma cidade próspera, desenvolvida, moderna e ter um futuro bonançoso.
Além de saber recepcionar o “outro”, o “chegante” para se integrar e fixar-se
no local.
Por meio da
Lei nº 658, de 1914, o povoado de Dourados é elevado a Distrito do município de
Ponta Porã, com ata e foto em 24 de fevereiro de 1915.
Lei n.° 658:
O Doutor Joaquim Augusto da Costa Marques,
Presidente do Estado de Mato
Grosso.
Faço
saber a todos os seus habitantes que a Assembíéia Legislativa decretou e eu
sancionei a seguinte lei:
Art. 1.°: Ficam desde já criados dois distritos de Paz no município de Ponta Porã compreendendo um, os
distritos policiais de Amambay e
Ipehum, com sede em Navirai e outro, abrangendo os primeiros e segundo distritos policiais de
Dourados com sede no Patrimônio de
Dourados. (Lei n.º 658, 15 de junho de 1914).
Em 1914, a
sede do Patrimônio de Dourados torna-se oficialmente Distrito de Paz de
Dourados, pertencente ao município de Ponta Porã. A partir da criação do
distrito de paz, na sede do Patrimônio de Dourados, já podiam ser expedidos, os
Registros de Nascimentos, os Registros de Óbitos, os Registros de Casamentos.
Já no ano de
1924 além das Escolas, Casas Comerciais, Igreja, campo para futebol,
cavalhadas, lugar das carreiras, tinha também a Agência dos Correios e Telégrafos,
o local, hoje centro de Dourados, havia Time de Futebol: “21 de abril”, as Missas
dominicais, além das diversões da época, de tempo em tempo os Bailes, as Cavalgadas
e os Piqueniques de Catar Guaviras.
O livro “História,
fatos e coisas douradenses”, publicado em 1995, dos
autores, João
Augusto Capilé Júnior, Júlio Capilé e Maria de Lourdes da Cruz e Souza,
apontam dois fatores de fundamental importância para o desenvolvimento e o
sucesso de Dourados em sair da obscuridade e ser conhecida nacionalmente neste
período. Entre os autores, João Augusto Capilé Junior, conhecido como Sinjão,
foi prefeito de Dourados na época do Território Federal de Ponta Porã.
O sucesso de Dourados é devido a dois fatores
relatam os autores:
Duas causas importantes, para o maior desenvolvimento de
Dourados, ocorreram em 1943: a criação do Território
Federal de Ponta Porã e a instalação da Colônia
Agrícola Nacional Dourados. Com o surto de desenvolvimento ocorrido por
estes dois fatores, a população cresceu de tal forma que chegou a atrair
grandes empresários, entre os quais o rei do café, Comendador Gerêmia
Lunardelli, que, na região hoje pertencente ao município de Caarapó, investiu
uma soma muito alta na aquisição de terras e no plantio do café. Com a entrada de tais elementos, Dourados
tornou-se conhecida em todo o País, saindo de um anonimato que a postergou por
tanto tempo. A corrida em busca da terra prometida tornou-se intensa. O
povoado, sem nenhuma estrutura, teve de recorrer a efeitos criativos, com a instalação de galpões e barracas,
destinados ao abrigo dos chegantes.
Ali, a solidariedade humana apresentou-se com todo o seu vigor. Povo e
autoridades irmanaram-se para enfrentar as dificuldades e, graças ao espírito
de lutas que caracterizou sempre os douradenses, a batalha foi vencida e,
sobremaneira, a população emergiu de um passado de glórias para um futuro de
bonanças. (CAPILÉ e outros, 1995, p. 31).
Com a criação do Território Federal de Ponta
Porã e da Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND) em 1943, por parte do
governo federal, a cidade Dourados recebe todos os dias novos colonos em busca
da terra prometida. A Prefeitura de Dourados em 1946 cria a Colônia Agrícola
Municipal de Dourados (CAM), para o migrante reconhecido e divulgado
como “colono” pudesse receber o seu lote definitivamente. A CAM seria hoje o
município de Itaporã e dos distritos de Santa Terezinha, Carumbé, Montese e
Piraporã
A cidade de Dourados nesse período cresce
vertiginosamente e tudo se transforma muito rápido na cidadezinha, pois recebem
migrantes e imigrantes todos os dias. A efetivação das
Colônias Agrícolas foi muito importante para o crescimento econômico e
populacional da região. Já
que o município de Dourados passava por um acelerado processo de ocupação de
terras e crescimento populacional, que tornavam o local um forte pólo de
atração de contingentes populacionais, em parte também graças à fertilidade do
solo, propício para o desenvolvimento da agricultura.
Desde as implantações das colônias agrícolas
o município de Dourados nunca mais parou de crescer e de receber o chegante, o
migrante, imigrante, que vem também residir nesta cidade.
Atualmente, Dourados constitui-se em centro regional de uma das áreas mais dinâmicas
do Estado, conhecido mais como “Grande Dourados”. Atendendo diversos municípios
com serviços especializados, variedades comerciais, amplas redes hoteleiras,
restaurantes e lanchonetes. Cinema,
teatro, barzinhos com músicas ao vivo, boates, danceterias, salões baileiros,
comidas típicas, com eventos de entretenimentos cotidianos e variados, além de acontecimentos
culturais e artísticos promovidos por meio de nordestinos, paraguaios, gaúchos,
italianos, japoneses, turcos, árabes, paulistas, etc.
Dourados conta
também com muitas escolas, universidades, que atende milhares de estudantes com
cursos técnicos, de graduação, de especialização e de pós-graduação, por isso é
conhecida como sendo uma Cidade Universitária. O município acolhe viajantes,
negociantes, pecuaristas, agricultores, turistas, profissionais e técnicos de
toda parte deste Brasil afora e todo o Sul do estado de Mato Grosso do Sul.
Dourados encontra-se em local estratégico, ligando inúmeros municípios, com os
estados de Paraná, São Paulo e Paraguai. O município de Dourados está
localizado em uma região de fronteira, possui uma série de fatores estratégicos
fundamentais para as articulações políticas, econômicas e socioculturais na
América Sul (Brasil, Paraguai Argentina e Uruguai).
Habitadas por múltiplos povos, como os terena, guarani, kaiowá, paraguaios, italianos, japoneses, portugueses, árabes,
italianos, alemães, afrobrasileiros, paulistas, paranaenses, mineiros, gaúchos,
nordestinos (pernambucanos, baianos, cearenses, sergipanos, alagoanos,
paraibanos, maranhenses, piauienses, potiguarenses), catarinenses, mato-grossenses,
sul-mato-grossenses, entre outros, cada qual representado com a sua cultura de
origem.
As contribuições culturais indígenas somaram-se à
paraguaia, platina, andina,
asiática, européia, do oriente
médio e da brasileira,
que, em si, reúne a pluralidade. A
cidade de Dourados desde sua fundação oficial e com a implantação das colônias
agrícolas, sempre recebeu pessoas de culturas diversificadas, nesse sentido, a
cidade sucessivamente foi um
espaço da
cultura interdisciplinar,
multidisciplinar e transdisciplinar.
E isto, faz com que a cidade apresente múltiplas identidades,
multifacetada, heterogênea e
fronteiriça. Dourados pode ser
considerada uma cidade de todos os povos e de todas as cores.
Dourados é a segunda cidade mais populosa de Mato Grosso do Sul (207.498 mil habitantes),
além de ser o 136º maior município
brasileiro e o 55º maior município
interiorano do Brasil.
* Carlos Magno Mieres Amarilha.
Historiador. Presidente do Grupo Literário Arandu.
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282.
[1] Havia muita
onça em todo sul de Mato Grosso do Sul na época. Por isso havia as paradas em
uma paragem, ou seja, um lugar que tenha água e que seja seguro para dormir.
Conforme o lugar para os desavisados era visitado por onças famintas à noite.
[2] Era muito
comum, os fazendeiros ir ao povoado contratarem os onceiros para dar um fim às
onças de sua fazenda.
[3] Possivelmente há outros documentos que
possam “desvendar” novos horizontes ou novos problemas. Por exemplo, a ata, ou
decreto/lei/resolução que traga a data de fundação do Distrito Policial de
Dourados. Possivelmente, seria a Certidão de Nascimento oficial de Dourados, ou
o documento mais antigo que “prova” a existência de um aglomerado de pessoas em
que se forma o povoado.
[4] Terras
pertencentes ao Império e depois na implantação da República aos Estados.
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