sábado, 9 de agosto de 2014

COMO NASCE A CIDADE DE DOURADOS

COMO NASCE A CIDADE DE DOURADOS
Carlos Magno Mieres Amarilha*

Tudo indica que foi no final do século XIX e início do século XX que começam os contornos do pequeno povoado que daria origem à cidade de Dourados.
Era uma faixa de campo, entre mata, pasto e água abundante, nesta paragem, hoje centro da cidade de Dourados, concentrava os “viandantes”, conhecidos como carreteiros, tropeiros, boiadeiros, mascates, fazendeiros, trabalhadores dos ervais e de fazendas que paravam de tempo em tempo para descansar ou pousar, pois as viagens eram divididas em jornadas, com os pontos certos de paradas em lugares seguros[1] para as “paragens”. O centro da cidade de Dourados era um desses lugares onde paravam os viandantes que vinham de vários pontos da região com destino para Ponta Porã, Bela Vista, Porto Murtinho, Concepción, Aquidauana, Nioaque, Entre Rios, Caarapó, Juti, entre outros.
Nesse ponto de viandantes ou nesta paragem, vai se estabelecendo um local de descanso, de pouso, de encontro e também o de ficar para uns e assim vai constituindo a paragem um lugar definitivo para alguns, aqueles que fixam suas residências nesse lugar.
Os moradores que se estabelecem nesse ponto de encontro, acaba formando um aglomerado de residências próximas, que logo depois se transforma em um povoado, com farmácia, bolicho, pensão, padaria, capela, salão de baile, onde acham os onceiros[2], os peões, para uma empreitada nos ervais ou nas fazendas.
No final do século XIX e inicio do século XX a região onde se localiza a cidade de Dourados pertencia ao município de Nioaque e por ser muito extenso em termos de território, o município possuía distritos policiais distribuídos em sua jurisdição, sobretudo em áreas com significativa concentração de indivíduos.
Desde o final do século XIX, este território era considerado como terras devolutas e praticamente todo o sul era cedido para a Companhia Mate Laranjeira extrair a Erva Mate para levar até Buenos Aires, capital da Argentina.
Terras há muito ocupadas pelos índios Guarani que viviam espalhados pela região e também utilizavam este território do sul de MT como rota de passagem, principalmente as margens do Rio dos Dourados.
Como já existiam muitas fazendas em áreas de atuação e controle da Empresa Mate Laranjeira, houve a necessidade de criar um Distrito Policial que representasse nesta região o município de Nioaque.
Uma dessas áreas, localizada nas proximidades do Rio dos Dourados, cerca de treze quilômetros, recebeu o mesmo nome do Rio originando assim, o Distrito Policial de Dourados.
A data da criação do Distrito Policial de Dourados ainda é um mistério e uma incógnita para os historiadores.[3]
Em publicação por meio da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, do Instituto Brasileiro de Geográfia e Estastística (IBGE) do ano de 1958, na página 94 registra a formação da cidade de Dourados, assim:
O povoado, que então se formava, recebeu a denominação de São João Batista de Dourados, topônimo esse consequente de sua proximidade com o rio Dourados. Tão franco foi o seu progresso e tão promissoras as suas possibilidades que, já em 1900, a Resolução esta­dual n.° 255, de 10 de abril, criava no Município de Ponta Porã a paróquia de Dourados, ex-povoação de São João Batista de Dourados. (IBGE, 1958, p. 94, grifos meus).
Por muito tempo foi divulgado por meio desta fonte que Dourados foi uma Paróquia de Ponta Porã, o que não uma é realidade, Ponta Porã só se torna município em 1912. O que temos em termos de documento oficial é a resolução n.º 255 de 10 de abril de 1900, assinado pelo governador João Paes de Barros, assim publicado,
Art. 2°- Ficam igualmente creadas as paróchias de Ponta Porã e Bella Vista, desannexadas da de Nioac, comprehendendo a primeira os limites dos distritos policiaes de Dourados e Ponta Porã, e a segunda, os do distrito policial do mesmo nome”. (Decreto n.° 255, 10/04/1900).
Importante ressaltar que a Resolução n.º 255, cria duas paróquias (Ponta Porã e Bela Vista) e utiliza o Distrito Policial de Dourados para delimitar a de Ponta Porã. Ou seja, não cria Paróquia em Dourados, mesmo que o documento não cria nada em Dourados, mas continua sendo muito importante, porque cita o Distrito Policial de Dourados e até o tempo presente, continua sendo o documento mais antigo em que faz uma referência oficial sobre a cidade de Dourados.
Existem algumas controvérsias sobre o nome atribuído ao lugar em que se forma o povoado. Ercília de Oliveira Pompeu (1965), afirma em sua monografia que o primeiro nome da cidade foi “Patrimônio das Três Padroeiras”, em homenagem a Imaculada Conceição, Santa Rita e Santa Catarina.
Segundo Capilé e outros, o primeiro nome foi São João Batista de Dourados.

Todos foram grandes colaboradores da instalação do povoado, que recebeu de início, o nome de São João Batista de Dourados, topônimo, pela sua aproximação, do rio de igual nome. Mais tarde, por força da designação popular, passou a chamar-se Patrimônio de Dourados. (Capilé e outros, p. 12, grifos meus).

Para Souza o nome da cidade sempre foi Dourados:
Alguns pioneiros e historiadores afirmam que o primeiro nome desta região foi São João Batista de Dourados, e posteriormente, Vila das Três Padroeiras. Mas este não é nosso ponto de vista, acreditamos sim, que na medida em que o povoado ia sedimentando-se, informalmente os moradores "batizavam-no" de forma não oficial, até porque o aviso da publicação de Resoluções e Decretos demorava anos para chegar ao conhecimento da população. A Resolução Estadual ns. 255, de 10 de Abril de 1900, criou a Paróquia de Ponta Porã, abrangendo os Distritos Policiais de Ponta Porã e de Dourados. Nesta Resolução não se faz nenhuma menção a São João Batista de Dourados, e também na Resolução que criou o Distrito Policial de Dourados não consta Povoação de São João Batista de Dourados. A verdade é que, legalmente, o povoado nasceu com o nome de Dourados e não teve outra denominação. (Souza, 2003, p. 9).

Conforme analisa Souza, em documentos oficiais (resoluções, leis, atas, decretos), não há “provas” que comprove até o tempo presente ou fontes de que Dourados foi Paróquia de Ponta Porã e que o seu primeiro nome seja São João Batista de Dourados.
Também nenhum documento oficial que comprove que Dourados já se chamou Três Padroeiras.
Tudo indica que o lugar escolhido para a efetivação do Distrito Policial de Dourados, no final do século XIX, é porque já havia uma aglomeração de pessoas e um lugar de encontro dos fazendeiros e dos agregados da região. E que o nome denominado e escolhido foi o mesmo nome do Rio dos Dourados. Patrimônio de Dourados e permaneceu com este nome de Dourados, como 1.° e 2.º distritos policiais de Dourados, em 1914, era Distrito de Dourados, pertencente ao município de Ponta Porã e em 20 de dezembro de 1935, com a criação do município ficou o seu nome definido como sendo Dourados.

UMA REGIÃO DE FAZENDEIROS CRIADORES DE GADO

Após a Guerra do Paraguai o governo imperial estimulou a ocupação por fazendeiros das terras conquistadas e das demais terras nas faixas de fronteiras, essas terras eram conhecidas de Terras Devolutas[4]. O procedimento básico para requerer a terra era simples, bastava o posseiro marcar uma área em um lugar das Terras Devolutas, erguerem nela uma casa para morar, cercar com arame farpado e depois era só requerer a posse definitiva nos órgãos representativos governamentais.
Para os fazendeiros legalizarem suas terras era necessário fazer um requerimento das terras marcadas. Esse requerimento se fazia no tabelionato do município de Nioaque.
Nas proximidades da sede do Distrito Policial de Dourados as terras devolutas vão sendo ocupadas por fazendeiros oriundos de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e de outros municípios do antigo Estado de Mato Grosso.
A concentração de pessoas nesta paragem, com o tempo vai recebendo moradores fixos em seus arredores, que vão construindo suas moradias e recebendo os viandantes cada vez em números maiores e começam a ser também ponto de encontro dos moradores da redondeza, no inicio do século vinte já se acha farmácia, escola, casas comerciais, de vez e outra, os famosos bailes, da comida boa das pensões, desta maneira, esse aglomerado de pessoas vão se reunindo neste ponto de encontro e vão assim construindo a vila que depois se transforma em cidade.
Os fazendeiros que aqui vieram e conseguiram suas terras se fixaram nesta região, construíram suas residências e constituíram famílias. Muitos labutaram para que Dourados fosse uma cidade próspera, desenvolvida, moderna e ter um futuro bonançoso. Além de saber recepcionar o “outro”, o “chegante” para se integrar e fixar-se no local.
Por meio da Lei nº 658, de 1914, o povoado de Dourados é elevado a Distrito do município de Ponta Porã, com ata e foto em 24 de fevereiro de 1915.
Lei n.° 658:
O Doutor Joaquim Augusto da Costa Marques, Presidente do Estado de Mato Grosso.
Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembíéia Legislativa decretou e eu sancionei a seguinte lei:
Art. 1.°: Ficam desde já criados dois distritos de Paz no município de Ponta Porã compreendendo um, os distritos policiais de Amambay e Ipehum, com sede em Navirai e outro, abrangendo os primeiros e segundo distritos policiais de Dourados com sede no Patrimônio de Dourados. (Lei n.º 658, 15 de junho de 1914).

Em 1914, a sede do Patrimônio de Dourados torna-se oficialmente Distrito de Paz de Dourados, pertencente ao município de Ponta Porã. A partir da criação do distrito de paz, na sede do Patrimônio de Dourados, já podiam ser expedidos, os Registros de Nascimentos, os Registros de Óbitos, os Registros de Casamentos.
Já no ano de 1924 além das Escolas, Casas Comerciais, Igreja, campo para futebol, cavalhadas, lugar das carreiras, tinha também a Agência dos Correios e Telégrafos, o local, hoje centro de Dourados, havia Time de Futebol: “21 de abril”, as Missas dominicais, além das diversões da época, de tempo em tempo os Bailes, as Cavalgadas e os Piqueniques de Catar Guaviras.
O livro “História, fatos e coisas douradenses”, publicado em 1995, dos autores, João Augusto Capilé Júnior, Júlio Capilé e Maria de Lourdes da Cruz e Souza, apontam dois fatores de fundamental importância para o desenvolvimento e o sucesso de Dourados em sair da obscuridade e ser conhecida nacionalmente neste período. Entre os autores, João Augusto Capilé Junior, conhecido como Sinjão, foi prefeito de Dourados na época do Território Federal de Ponta Porã.
O sucesso de Dourados é devido a dois fatores relatam os autores:
Duas causas importantes, para o maior desenvolvimento de Dourados, ocorreram em 1943: a criação do Território Federal de Ponta Porã e a instalação da Colônia Agrícola Nacional Dourados. Com o surto de desenvolvimento ocorrido por estes dois fatores, a população cresceu de tal forma que chegou a atrair grandes empresários, entre os quais o rei do café, Comendador Gerêmia Lunardelli, que, na região hoje pertencente ao município de Caarapó, investiu uma soma muito alta na aquisição de terras e no plantio do café.  Com a entrada de tais elementos, Dourados tornou-se conhecida em todo o País, saindo de um anonimato que a postergou por tanto tempo. A corrida em busca da terra prometida tornou-se intensa. O povoado, sem nenhuma estrutura, teve de recorrer a efeitos criativos, com a instalação de galpões e barracas, destinados ao abrigo dos chegantes. Ali, a solidariedade humana apresentou-se com todo o seu vigor. Povo e autoridades irmanaram-se para enfrentar as dificuldades e, graças ao espírito de lutas que caracterizou sempre os douradenses, a batalha foi vencida e, sobremaneira, a população emergiu de um passado de glórias para um futuro de bonanças. (CAPILÉ e outros, 1995, p. 31).

Com a criação do Território Federal de Ponta Porã e da Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND) em 1943, por parte do governo federal, a cidade Dourados recebe todos os dias novos colonos em busca da terra prometida. A Prefeitura de Dourados em 1946 cria a Colônia Agrícola Municipal de Dourados (CAM), para o migrante reconhecido e divulgado como “colono” pudesse receber o seu lote definitivamente. A CAM seria hoje o município de Itaporã e dos distritos de Santa Terezinha, Carumbé, Montese e Piraporã
A cidade de Dourados nesse período cresce vertiginosamente e tudo se transforma muito rápido na cidadezinha, pois recebem migrantes e imigrantes todos os dias. A efetivação das Colônias Agrícolas foi muito importante para o crescimento econômico e populacional da região. Já que o município de Dourados passava por um acelerado processo de ocupação de terras e crescimento populacional, que tornavam o local um forte pólo de atração de contingentes populacionais, em parte também graças à fertilidade do solo, propício para o desenvolvimento da agricultura.
Desde as implantações das colônias agrícolas o município de Dourados nunca mais parou de crescer e de receber o chegante, o migrante, imigrante, que vem também residir nesta cidade.
Atualmente, Dourados constitui-se em centro regional de uma das áreas mais dinâmicas do Estado, conhecido mais como “Grande Dourados”. Atendendo diversos municípios com serviços especializados, variedades comerciais, amplas redes hoteleiras, restaurantes e lanchonetes. Cinema, teatro, barzinhos com músicas ao vivo, boates, danceterias, salões baileiros, comidas típicas, com eventos de entretenimentos cotidianos e variados, além de acontecimentos culturais e artísticos promovidos por meio de nordestinos, paraguaios, gaúchos, italianos, japoneses, turcos, árabes, paulistas, etc.
Dourados conta também com muitas escolas, universidades, que atende milhares de estudantes com cursos técnicos, de graduação, de especialização e de pós-graduação, por isso é conhecida como sendo uma Cidade Universitária. O município acolhe viajantes, negociantes, pecuaristas, agricultores, turistas, profissionais e técnicos de toda parte deste Brasil afora e todo o Sul do estado de Mato Grosso do Sul. Dourados encontra-se em local estratégico, ligando inúmeros municípios, com os estados de Paraná, São Paulo e Paraguai. O município de Dourados está localizado em uma região de fronteira, possui uma série de fatores estratégicos fundamentais para as articulações políticas, econômicas e socioculturais na América Sul (Brasil, Paraguai Argentina e Uruguai).
Habitadas por múltiplos povos, como os terena, guarani, kaiowá, paraguaios, italianos, japoneses, portugueses, árabes, italianos, alemães, afrobrasileiros, paulistas, paranaenses, mineiros, gaúchos, nordestinos (pernambucanos, baianos, cearenses, sergipanos, alagoanos, paraibanos, maranhenses, piauienses, potiguarenses), catarinenses, mato-grossenses, sul-mato-grossenses, entre outros, cada qual representado com a sua cultura de origem.
As contribuições culturais indígenas somaram-se à paraguaia, platina, andina, asiática, européia, do oriente médio e da brasileira, que, em si, reúne a pluralidade. A cidade de Dourados desde sua fundação oficial e com a implantação das colônias agrícolas, sempre recebeu pessoas de culturas diversificadas, nesse sentido, a cidade sucessivamente foi um espaço da cultura interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar. E isto, faz com que a cidade apresente múltiplas identidades, multifacetada, heterogênea e fronteiriça. Dourados pode ser considerada uma cidade de todos os povos e de todas as cores.
Dourados é a segunda cidade mais populosa de Mato Grosso do Sul (207.498 mil habitantes), além de ser o 136º maior município brasileiro e o 55º maior município interiorano do Brasil.

* Carlos Magno Mieres Amarilha. Historiador. Presidente do Grupo Literário Arandu.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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[1] Havia muita onça em todo sul de Mato Grosso do Sul na época. Por isso havia as paradas em uma paragem, ou seja, um lugar que tenha água e que seja seguro para dormir. Conforme o lugar para os desavisados era visitado por onças famintas à noite.
[2] Era muito comum, os fazendeiros ir ao povoado contratarem os onceiros para dar um fim às onças de sua fazenda.
[3] Possivelmente há outros documentos que possam “desvendar” novos horizontes ou novos problemas. Por exemplo, a ata, ou decreto/lei/resolução que traga a data de fundação do Distrito Policial de Dourados. Possivelmente, seria a Certidão de Nascimento oficial de Dourados, ou o documento mais antigo que “prova” a existência de um aglomerado de pessoas em que se forma o povoado.
[4] Terras pertencentes ao Império e depois na implantação da República aos Estados.

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